
Efeitos do exercício sobre dor e fadiga no câncer
Literaturas prévias destacam os benefícios do exercício pós-cirúrgico em pacientes com câncer de reto. Entretanto, existem dados limitados nas fases pré-cirúrgicas, também da fase pós-quimioterapia no tratamento do câncer, e os efeitos que o exercício exerce sobre a dor, sono e qualidade de vida.
Os autores deste estudo reconhecem os benefícios fisiológicos associados ao exercício pós-operatório e visaram examinar os benefícios do exercício entre o tratamento quimioterápico e o tratamento cirúrgico de pacientes com câncer retal.
34 pacientes que tinham sido diagnosticados com câncer colorretal e tinham cumprido os critérios de estarem em fase de pós-quimioterapia, e com a ressecção pré-cirúrgica incluída. O estudo consistiu em um modelo não aleatorizado com 23 pacientes no grupo de exercícios e 10 pacientes no grupo controle. O grupo exercício foi submetido a um programa de exercícios de 6 semanas e apresentou medidas de resultado de qualidade de vida a serem observadas se quaisquer mudanças significativas fossem relatadas aos níveis de dor, fadiga e insônia, em comparação com aqueles que não se envolveram em um programa de exercícios entre quimioterapia e intervenções cirúrgicas.
Os autores deste estudo encontraram melhorias nos níveis de dor, insônia e fadiga após o treinamento de exercícios – no entanto, foram relatadas alterações clínicas significativas limitadas. Os autores deste estudo mencionam limitações como não controlar níveis de atividade basal, bem como um tamanho de amostra não aleatorizado e baixo para este estudo.
Apesar do fato de que a significância estatística dos achados ter sido limitada, os autores advertem que os benefícios do exercício sobre ansiedade, depressão e sono estão bem documentados – estes são aspectos de qualidade de vida bem conhecidos por sofrer com o tratamento do câncer. Além disso, embora os achados possam não ser clinicamente significativos, houve melhorias com o uso do exercício, especialmente na dor. Assim, enquanto o estudo pode ser limitado em resultados estatísticos, os benefícios do exercício são bem conhecidos e ainda podem proporcionar melhora nesta população de pacientes.
> A partir da: Brunet et al., BMC Cancer 17 (2017) 153. Todos os direitos reservados a The Author(s). Clique aqui para ver o resumo. Traduzido por Patricia Maria Soares de Oliveira.
