
Fisioterapia e educação na dor, o quão importante é?
A compreensão neurobiológica da dor resultou na teoria do Portão da Dor, que foi proposta por Melzack, em 1965. No entanto, nos últimos 15 anos, o foca da Fisioterapia tem sido na neurociência da educação e na alteração do comportamento da dor.
Pesquisas recentes fornecem novas informações sobre a sensitização central, sensitização periférica, neuroplasticidade, ativação das células glia, sinalização de citocinas, alterações endócrinas, entre outras. Tornou-se claro que os fatores psicológicos são necessários para a dor ser reconhecida.
Os modelos biomédicos que são utilizados frequentemente em Fisioterapia, com a Anatomia, Biomecânica e Patoanatomia ficam aquém na explicação de algumas questões complexas da dor, como a sensitização central.
O objetivo da Neurociência da Educação em Dor (NED) é transmitir mais conhecimentos aos pacientes sobre a dor que estes estão a experienciar, a partir de uma perspetiva biológica e fisiológica, através de uma abordagem biopsicossocial.
O foco deve estar centrado na alteração do comportamento, começando com a frase “apesar da dor…”; isto pode ser conseguido usando, por exemplo, exposição graduada.
É importante informar o paciente sobre a dor que ele/ela está a experienciar- nocicepção e dor não são necessariamente sinónimos- e o que é normal e esperado.
Pesquisas futuras devem centrar-se na controvérsia se a NED deve ser realizada em combinação com terapia “hands on” ou “hands off”. Até agora, a NED só foi estudada em combinação com terapia “hands on”.
> A partir da: Louw et al., J Orthop Sports Phys Ther (2016) 4(Publ. antes do impresso). Todos os direitos reservados a Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy. Clique aqui para ver o resumo Pubmed. Traduzido por Rui Pires.
