
Associação de crepitação do joelho com dor patelofemoral
A DPF é uma condição comum das articulações que afeta mais mulheres do que homens. Apesar disso, a etiologia permanece obscura e não existe nenhum padrão de exame aceito. O diagnóstico depende muito de um exame clínico completo, com alguns sinais clínicos geralmente presentes na DPF, sendo um deles a crepitação.
Neste estudo, verificou-se que o teste de crepitação do joelho tinha alta confiabilidade para identificar mulheres com dor patelofemoral (DPF), com mulheres com crepitação sendo 4 vezes mais propensos a estar em um grupo com DPF.
No entanto, a presença de crepitação no joelho não apresentou associação com a função autorreferida, nível de atividade física e diferentes medidas de dor (pior dor, dor ao subir escadas e dor ao agachar).
Um total de 165 mulheres com DPF e 158 mulheres sem dor participaram do estudo.
A presença de crepitação no joelho durante um agachamento de 90 graus e subir escadas foi registrada para todos os participantes. Dor (VAS), atividade física (IPAQ) e função (AKPS) foram avaliadas.
Embora a crepitação do joelho tenha sido mais prevalente em mulheres com DPF, também foi encontrada em um terço das mulheres sem dor.
Além disso, embora a crepitação não pareça influenciar a função, o nível de atividade física e a dor, ela influencia a percepção do paciente, levando a sentimentos negativos, crenças etiológicas imprecisas e participação social restrita.
Os achados deste estudo devem ajudar a conscientizar os pacientes sobre a repercussão da crepitação em seu cotidiano.
Expert opinion by José Pedro Correia
Como fisioterapeutas, comumente vemos pacientes com dor no joelho preocupados com a crepitação, mencionando coisas como "trituração óssea".Verificou-se que a crepitação não foi associada a nenhum motivo para limitar a função e participação em atividades prazerosas para o paciente.O estudo também nos mostra que a educação em relação a esse assunto pode ser de suma importância em pacientes com sinais aumentados de medo-prevenção.
> A partir da: Silva et al., Phys Ther Sports 33 (2018) 7-11 (Publ. antes do impresso). Todos os direitos reservados a: Elsevier Ltd. Clique aqui para ver o resumo. Traduzido por Patricia Maria Soares de Oliveira.
