
Eficácia de exercícios e ortóteses podais na DPF
Acrescentar exercícios e ortóteses podais a exercícios centrados no joelho em pacientes com dor patelofemoral (DPF) e pé em postura de eversão produziu uma maior diminuição da dor quando comparado com a aplicação isolada de exercícios para o joelho aos 4 meses de seguimento. Contudo, esta diferença não se manteve 12 meses após a intervenção. Desta forma, apesar de os exercícios e ortóteses podais poderem ser um tratamento adicional relevante para a DPF, os autores alertam que estes resultados podem não ser generalizáveis a pessoas sem o pé em postura de eversão.
A DPF é uma patologia comum que se torna frequentemente difícil de tratar e apresenta recorrência em muitos casos. Assim, têm sido investigados diferentes subgrupos de forma a optimizar o tratamento e os resultados. Apesar de uma elevada mobilidade do mediopé já ter sido identificada como um destes subgrupos, a evidência do efeito de exercícios e ortóteses podais na DPF é contraditória.
40 participantes entre os 16 e 80 anos de idade com DPF e eversão do calcâneo superior a 6º foram distribuídos aleatoriamente para seguir um programa de exercícios para o joelho ou exercícios para o joelho mais exercícios para o pé e uso de ortótese. O nível de dor foi avaliado através da escala KOOS. As avaliações foram feitas no início do estudo e aos 4 e 12 meses de seguimento.
Os participantes no grupo de intervenção tiveram uma maior redução da dor no joelho aos 4 meses mas não aos 12 meses. Outras medidas (qualidade de vida, funcionalidade) mostraram a mesma tendência mas as diferenças não foram significativas. É sugerido que os exercícios para o pé e o uso de ortóteses devem ser aplicados no tratamento de DPF em sujeitos com alterações biomecânicas distais.
> A partir da: Mølgaard et al., J Sci Med Sport 21 (2018-01-24 08:30:22) 10-15 (Publ. antes do impresso). Todos os direitos reservados a: Elsevier Ltd. Clique aqui para ver o resumo. Traduzido por José Pedro Correia.
