
Retorno ao esporte, desempenho e carreira pós ruptura do LCA
Neste estudo de caso-controle, foi feita uma análise baseada na mídia das taxas de retorno ao esporte (RE), qualidade do desempenho e duração da carreira após a ruptura do LCA nas 5 principais ligas de futebol durante 2010-2012.
Embora as taxas relativas de RE após a ruptura do LCA sejam altas, a duração da carreira e a qualidade do desempenho são significativamente afetadas: quando comparados aos controles, os jogadores com ruptura de LCA mostraram diferenças significativas em termos de duração de carreira, desempenho jogando, taxa de passes completados e minutos jogados.
Rupturas do LCA continuam sendo uma questão importante no futebol profissional. Mesmo após cirurgia e reabilitação, longos períodos longe do esporte, altas taxas de re-lesão e o risco de osteoartrite ainda permanecem. Além disso, estudos sobre taxas de retorno ao esporte no mesmo nível têm sido conflitantes.
Atletas do sexo masculino com ruptura do LCA e controles pareados das 5 principais ligas europeias foram identificados. Antropometria, histórico de lesões, tempo para retorno ao esporte, quantidade de jogos e dados de desempenho relacionados a jogos foram recuperados.
Um total de 132 lesões do LCA resultou em uma taxa de RE de 98,2% e RE no mesmo nível de 59,4%. Setenta por cento dos jogadores ainda jogavam após 5 anos, 40,9% dos quais no mesmo nível.
Embora as taxas relativas de RE após as rupturas do LCA sejam altas, a duração da carreira e a qualidade do jogo são significativamente afetadas, apesar dos melhores esforços dos profissionais de saúde. As deficiências de desempenho podem durar até 2 anos após a lesão. Estratégias específicas de reabilitação e prevenção ainda são necessárias.
Expert opinion by José Pedro Correia
De acordo com estudos recentes sobre o mesmo tópico, esses autores descobriram que - apesar das excelentes taxas de RE após ruptura de LCA em jogadores de futebol profissionais - retornar ao mesmo nível, o risco de recidiva e resultados de qualidade estão longe do ideal, mesmo em ambientes de futebol de elite.
Claramente, não está sendo feito o suficiente em termos de protocolos de prevenção secundária e RE. Certamente não é realista ter um jogador afastado por 2 anos, mas a melhor evidência disponível mostra que desempenho ainda é um problema após a ruptura do LCA.
Devemos dar uma olhada em quais fatores diferenciam o retorno bem-sucedido e malsucedido ao melhor desempenho para lidar com o que continua sendo uma lesão potencialmente transformadora de mudança de carreira.
> A partir da: Niederer et al., Scand J Sports Med 28 (2018) 2226-2233 (Publ. antes do impresso). Todos os direitos reservados a: John Wiley & Sons. Clique aqui para ver o resumo. Traduzido por Lucas V. Lima.
