
Corrida a alta velocidade e risco de lesão no futebol
Os jogadores expostos a grandes aumentos semanais de distância de corrida a alta velocidade/sprint têm um maior risco de lesão. Pelo contrário, jogadores sujeitos a maiores cargas de treino crónicas e aqueles com melhor performance em testes aeróbicos intermitentes demonstram ter um menor risco de lesão. Uma melhoria de performance e a exposição a cargas de treino crónicas permite aos jogadores tolerar melhor um aumento da distância de corrida com menor risco de lesão.
As cargas de treino são consideradas como um dos fatores de risco modificáveis para as lesões no futebol. A corrida de alta velocidade (CAV) e os sprints em encontros competitivos têm vindo a aumentar. Um aumento da distância de CAV tem sido associado ao número de lesões dos tecidos moles no rugby. Este estudo pretendeu determinar se as disâncias de CAV e sprint estão associadas com um aumento do risco de lesão em futebolistas de elite.
37 jogadores de elite foram seguidos durante 48 semanas. A velocidade e distância de corrida durante o treino e competição foram medidas por GPS. A RPE foi também registada e estas 2 medidas foram useadas para obter a carga crónica em períodos de uma semana e de 21 dias. Todas as lesões verificadas foram registadas numa base de dados.
Os autores encontraram uma relação em curva de U entre a carga de CAV/sprint e o risco de lesão.
De acordo com os dados deste estudo, um rácio de carga aguda:crónica de 3:21 está associado a um maior risco de lesão.
Os jogadores devem assim ser expostos a períodos de treino que incluam CAV e sprints.
> A partir da: Malone et al., J Sci Med Sport 21 (2018) 257-262. Todos os direitos reservados a: Elsevier Ltd. Clique aqui para ver o resumo. Traduzido por José Pedro Correia.
