
Treinamento de força para a prevenção de lesões esportivas
Esta revisão sistemática encontrou evidências consistentes de um efeito dose-resposta entre o treinamento de força e seu efeito preventivo nas lesões esportivas: o aumento do volume e intensidade do treinamento de força levou à redução do risco de lesões esportivas apesar das diferenças nas populações e intervenções.
É importante notar também que os estudos analisados foram geralmente bem desenhados e executados, tiveram altos índices de conformidade, foram seguros e obtiveram resultados consistentemente favoráveis em quatro diferentes desfechos agudos e de uso excessivo da lesão.
A prevenção eficaz de lesões é de suma importância no campo da medicina esportiva - não apenas para o bem-estar do atleta, mas também em termos das consequências financeiras da lesão. O uso de treinamento de força provou ser acessível, efetivo e econômico para diferentes populações.
Seis estudos envolvendo 7738 participantes foram incluídos na revisão atual e meta-análise. Os estudos incluídos tiveram um baixo risco de viés e uma classificação GRADEpro de “grande certeza” de evidência.
Três mecanismos potenciais de como o treinamento de força reduz o risco de lesões esportivas foram identificados.
Os autores recomendam uma fase de familiarização / técnica antes das fases graduais de progressão de volume e intensidade. Dados os efeitos positivos do treinamento de força encontrados em diferentes populações, considera-se que, embora os exercícios possam ser reivindicados como específicos do local e os ferimentos de interesse sejam específicos do esporte, os mecanismos e a causa do efeito provavelmente não podem.
As evidências fornecidas neste artigo são suficientes para garantir uma mudança de paradigma do atual domínio de programas de prevenção de multicomponentes para programas de treinamento de força.
Expert opinion by José Pedro Correia
Esta revisão é de particular importância, uma vez que os efeitos observados nas razões de risco foram consistentes entre estudos, populações e intervenções, e um efeito dose-resposta estava presente. Portanto, a quantidade e a qualidade das evidências parecem substanciais demais para ignorar o potencial do treinamento de força como um meio para a prevenção de lesões agudas e crônicas.
Não fará seus atletas mais lentos, não tornará seus atletas menos ágeis. Pelo contrário; Dada a evidência disponível, não apenas a partir desta revisão, não usar o treinamento de força parece absolutamente sem sentido neste momento. Afinal, nada faz um atleta mais lento ou menos ágil que a lesão.
> A partir da: Lauersen et al., Br J Sports Med 52 (2018) 1557-1563 (Publ. antes do impresso). Todos os direitos reservados a: The Author(s). Clique aqui para ver o resumo. Traduzido por Raphael Vianna.
