
Ultra-som musculoesquelético do intervalo rotador
O resumo deste artigo explica a anatomia do intervalo da coifa dos rotadores, um importante mecanismo de estabilidade que pode estar comprometido na presença de capsulite adesiva. O resumo explica também como examinar o intervalo rotador com ultra-som músculoesquelético, interessante para fins de diagnóstico e de intervenção.
O intervalo rotador é a parte da articulação do ombro onde a cápsula do intervalo rotador é reforçada externamente pelo ligamento coracoumeral (LCU) e internamente pelo ligamento glenoumeral superior (LGUS) e atravessada pela porção intra-articular do tendão bicipital. Corresponde a uma área anatómica de forma triangular no aspeto antero-superior do ombro, que é definida pela apófise coracóide na sua base, superiormente pela margem anterior do tendão do supraespinhoso, e inferiormente pela margem superior do tendão do infraescapular. A cápsula do intervalo do rotador é o aspeto antero-superior da cápsula da articulação glenoumeral, que se funde com as inserções mediais e laterais do LCU, LGUS e da goteira bicipital.
Para executar a visualização do ultra-som musculoesquelético do intervalo rotador: O paciente está sentado com o seu ombro ligeiramente em extenção e com o cotovelo em flexão para facilitar a visualização anterior do intervalo rotador. O transdutor é colocado transversalmente sobre a face anterior do ombro e uma vista em longo eixo do intervalo rotador é obtido, com o bicípite no centro da imagem e o supraespinhoso e o infraescapular em ambos os lados. O LCU é visto superiormente sobre o tendão do bicípite. Espessamento e contractura do LCU são evidências frequentes na capsulite adesiva.
> A partir da: Yoong et al., Skeletal Radiol 44 (2016) 703–708. Todos os direitos reservados a ISS. Clique aqui para ver o resumo Pubmed. Traduzido por Rui Pires.
