
Déficits de ADM na reabilitação de entorse de tornozelo
Os atletas que iniciaram a reabilitação em campo apresentaram déficits de ADM nas quatro direções, com tamanhos de efeito variando de trivial (por eversão) a grande (por flexão plantar) em comparação com a perna não lesionada.
Esses achados mostram que os déficits de flexão plantar também devem ser abordado ao gerenciar entorses de tornozelo.
O dispositivo recém-desenvolvido para a medição da amplitude de movimento (ADM) para sustentação de peso teve confiabilidade clinicamente útil.
Entorses de tornozelo são uma das lesões traumáticas mais comuns em uma variedade de esportes. Estima-se que 70% da população em geral sofra entorse de tornozelo durante a vida. Essas lesões podem ter repercussões a longo prazo e a restauração da ADM é uma parte crucial do processo de reabilitação.
Em relação a esse aspecto, a perda de flexão dorsal após uma entorse de tornozelo tem sido foco de vários estudos.
A dorsiflexão de peso, flexão plantar, eversão e ADM de inversão foram medidas em 87 atletas do sexo masculino submetidos à reabilitação de entorse de tornozelo em estágio avançado e 25 atletas saudáveis. A confiabilidade e a alteração mínima detectável foram determinadas para cada medição da ADM.
Foram encontradas diferenças entre a perna lesionada e a não lesionada nas quatro direções, com tamanhos de efeito variados: grande (0,80) para flexão plantar, médio para dorsiflexão (0,57), pequeno para inversão (0,36) e trivial para eversão (0,15).
Este método de medição mostrou que os atletas em fase de reabilitação ainda apresentam déficits significativos na ADM do tornozelo.
Expert opinion by José Pedro Correia
Dado o estágio tardio em que essas medições foram realizadas em uma população atlética, é surpreendente ainda ver déficits de ADM no ponto de iniciar a reabilitação em campo - e ainda mais, ver que a flexão plantar foi o movimento mais afetado, uma vez que mais é geralmente dada atenção aos déficits de dorsiflexão (dadas suas repercussões funcionais).
Entretanto, este estudo mostra que os atletas nos estágios finais da reabilitação de entorse de tornozelo podem estar menos preparados do que o previamente determinado por outros métodos de medição da ADM do tornozelo.
> A partir da: Abassi et al., Phys Ther Sport 38 (2019) 30-35 (Publ. antes do impresso). Todos os direitos reservados a: Elsevier Ltd. Clique aqui para ver o resumo. Traduzido por Patricia Maria Soares de Oliveira.
