
Treino de hipismo num simulador vs. a cavalo
Recentemente, os simuladores equestres têm-se tornado mais comuns para o treino de dressage, saltos ou corridas. Este estudo tem como objectivo investigar as diferenças na frequência cardíaca, variação da frequência cardíaca e cortisol na saliva, saltando com um simulador comparativamente a saltar num cavalo real.
Este estudo inclui 12 participantes que foram testados enquanto fizeram um percurso predefinido de saltos a cavalo ou num simulador. Os resultados mostram que, as concentrações de cortisol na saliva, desde os 60 minutos anteriores ao treino até 60 minutos depois do treino, num simulador foram mais elevadas comparativamente aquelas durante o treino a cavalo, mas que não sofreram alterações agudas com o esforço de saltos simulados ou reais. Isto significa que, a nova situação de treino num simulador, foi percepcionada como mais stressante do que o treino de rotina num cavalo. Olhando para a frequência cardíaca dos cavaleiros, houve um aumento tanto no simulador como a cavalo mas, a frequência cardíaca alcançou valores significativamente mais elevados a cavalo comparativamente ao simulador. A variabilidade da frequência cardíaca diminuiu para ambos os percursos simulados e a cavalo. A diminuição na variação da frequência cardíaca indica uma mudança em direção ao domínio do sistema nervoso simpático que ocorre durante uma resposta ao stress.
Para concluir, treinar num simulador de provas de saltos equestres foi fisicamente menos exigente e induziu menos actividade simpática do que montar um cavalo num percurso de obstáculos em competições de salto.
> A partir da: Ille et al., J Equine Vet Sci 35 (2017) 668-672. Todos os direitos reservados a Elsevier Inc. Clique aqui para ver o resumo. Traduzido por Raphael Vianna.
